Rev. Hernandes Dias Lopes
A proclamação do evangelho é uma missão imperativa, intransferível e impostergável. É sobre esses três aspectos da missão que escreverei.
A proclamação do evangelho é uma missão imperativa, intransferível e impostergável. É sobre esses três aspectos da missão que escreverei.
Em primeiro lugar, a proclamação do evangelho é uma missão imperativa.
O próprio Jesus ordenou: “E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o
evangelho a toda criatura” (Mc 16.15). A igreja de Deus não precisa
esperar nenhum fato novo para proclamar o evangelho de Cristo em todo
mundo e a toda criatura. Uma ordem já foi dada e deve ser obedecida.
Quem deu a ordem foi o próprio Jesus, que morreu pela igreja e
ressuscitou para sua justificação. Quem deu a ordem foi o próprio dono
da igreja. O universo inteiro ouve a sua voz e obedece: o sol, as
estrelas, o mar, o vento, os demônios e os anjos. Será que nós, povo
remido pelo sangue de Cristo, seríamos os únicos a questionar sua voz, a
adiar sua ordem e e desobedecer o seu mandato? Nosso papel não é
discutir a ordem, mas obedecê-la. Nossa missão não é discutir a obra,
mas fazer a obra. A salvação é obra de Deus. Tudo já foi feito. O
banquete da graça já está pronto. Cabe a nós ir ao mundo, anunciar essa
boa-nova e contar aos pecadores que Deus os amou e enviou seu Filho para
salvá-los do pecado, da morte e do inferno. Você está pronto a
obedecer?
Em segundo lugar, a proclamação do evangelho é uma missão intransferível. O
propósito de Deus é o evangelho todo, por toda a igreja, em todo o
mundo. Nenhuma outra instituição está credenciada a pregar o evangelho.
Os anjos anelam esse sublime privilégio, mas Jesus comissionou apenas a
igreja para cumprir essa missão. A igreja é o método de Deus para
alcançar o mundo. Conta-se que, quando Jesus terminou sua obra salvadora
na terra, morrendo pelos nossos pecados e ressuscitando para a nossa
justificação, ao voltar ao céu para assentar-se no seu trono de glória,
um anjo perguntou-lhe: “Senhor, tu concluíste tua obra na terra. Quem,
porém, vai contar essa boa-nova para o mundo inteiro?”. Jesus
respondeu-lhe: “Eu deixei doze homens preparados para cumprir essa
missão”. O anjo, então, redarguiu: “Mas, Senhor e, se eles falharem?”.
Jesus respondeu: “Se eles falharem, eu não tenho outro método”. Nós
somos o método de Deus. Nós somos os atalaias de Deus a avisar ao mundo
acerca de sua necessidade de se preparar para encontrar com Deus. Se o
ímpio não for avisado e morrer na sua impiedade, Deus cobrará de nós o
seu sangue. Não podemos calar a nossa voz. Deus nos constituiu ministros
da reconciliação. Somos embaixadores em nome de Cristo, rogando aos
homens que se reconciliem com Deus.
Em terceiro lugar, a proclamação do evangelho é uma missão impostergável. A
proclamação do evangelho é uma missão urgente. Não pode esperar. Quando
John Kennedy foi assassinado em Dallas, no Texas, em 22 de novembro de
1963, em apenas doze horas, a metade do mundo, ficou sabendo. Jesus
Cristo, o Filho de Deus, morreu na cruz pelos nossos pecados há dois mil
anos e quase a metade do mundo, ainda não ouviu essa boa-nova do
evangelho. Não podemos calar a nossa voz. Precisamos ganhar esta geração
em nossa geração. Um jovem índio preparava-se para ser o líder de sua
tribo, quando caiu gravemente enfermo. O jovem índio já desfalecido no
colo de sua mãe, perguntou-lhe: “Mamãe, eu estou morrendo e estou com
muito medo. Para onde irá a minha alma?”. A mãe, aflita, respondeu-lhe:
“Meu filho, eu não sei”. Aquele jovem desesperado, partiu para a
eternidade sem saber para onde ia. Meses depois, chegou àquela aldeia um
missionário pregando o evangelho e falando das boas-novas da salvação.
De uma cabana da aldeia, saiu uma anciã com os olhos vermelhos de tanto
chorar, correu em direção ao missionário. Agarrou-o pelos braços e
disse-lhe aos prantos: “Por que você não veio antes? Por que você não
veio antes?” Era a mãe daquele que jovem que morreu sem saber para onde
estava indo. O que você ainda está esperando? É tempo de proclamar o
evangelho!